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A águia atacou a cobra em uma pedreira e, enquanto a arrastava para as alturas, a cobra gritou desesperada: — Salvem meu filho! Salvem meu filho!

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  • Categoria: Geral
  • Publicação: 09/05/2025 05:49
  • Autor: Isaias Bastos
A águia atacou a cobra em uma pedreira e, enquanto a arrastava para as alturas, a cobra gritou desesperada:
— Salvem meu filho! Salvem meu filho!
O menino que por ali passava viu o filhotinho chorando entre as pedras.
Com o coração apertado, se compadeceu e levou o pequeno para casa, jurando a si mesmo que cuidaria dele com carinho.
O menino já criava outros dois animais que havia resgatado em tempos difíceis: um escorpião e uma aranha.
Mas o filhote de cobra era diferente. Era órfão, indefeso...
E por isso, o menino lhe deu mais atenção, mais carinho, mais afeto.
Enquanto a cobrinha dormia aconchegada em seu peito, o escorpião, antes alegre, agora se escondia pelos cantos, lançando olhares frios.
A aranha, que antes tecia belas teias, agora fazia fios bagunçados, como se estivesse tomada por raiva.
Talvez, o escorpião e a aranha estivessem morrendo de ciúmes.
Porque o menino dava mais atenção a cobra.
Numa noite fria, enquanto o menino dormia, sentiu uma dor aguda no braço.
Acordou assustado, com o veneno queimando em suas veias.
Tonto, acendeu a luz e, cambaleando, chamou os animais.
— Foi você, escorpião? — perguntou, com a voz falha.
O escorpião, encolhido no canto, apenas balançou a cabeça negativamente.
— Foi você, aranha?
A aranha, trêmula em sua teia, também negou.
Sem saber o que fazer, o menino correu para a sala, onde seu avô descansava no velho sofá.
— Vovô. fui picado! mas não sei quem foi!
O avô, olhou com sabedoria e perguntou:
— Você suspeita de alguém?
O menino, com lágrimas nos olhos, respondeu:
— Com certeza vovô, foi a aranha ou foi o escorpião, com ciúmes do carinho que dou a cobra.
O avô, com um olhar sério, apontou para um quadro antigo na parede — uma pintura da Última Ceia de Jesus e os 12 apóstolos.
— Veja para quem Jesus dá o primeiro pedaço de pão — disse.
O menino olhou atentamente e respondeu:
— Para Judas, vovô... para o traidor.
O avô suspirou:
— Isso mesmo, meu filho. Ele deu o primeiro pedaço ao Traidor, porque era quem estava mais próximo dele.
— O traidor, filho. Nunca está longe.
Naquele instante, o menino sentiu o sangue gelar.
Pegou a cobra que estava em seus braços e colocou no chão. e a encarou com desconfiança.
A cobrinha ergueu a cabeça. soltou uma risadinha fina, sibilante.
Sem dizer nada, deslizou para fora da casa, sumindo entre as árvores. Revelando ser a traidora silenciosa, que o menino jamais desconfiou.
Na vida também é assim:
Quem te trai não é quem está longe.
É sempre quem a gente aquece no peito, quem a gente protege, quem a gente chama de amigo.
Por isso, abra bem os olhos: o abraço mais apertado... pode esconder o veneno mais mortal.
Muita gente precisa ouvir isso e abrir os olhos. e você com apenas um toque com seu dedo, pode compartilhar com elas. Quero ouvir a sua opinião nos comentários.
Escritor autor Isaías Bastos