📌  — “O Valor Que Só Aprendemos Tarde Demais”

Nas corridas da vida moderna,
entre relógios apressados e rotinas que engolem minutos,
existe uma verdade silenciosa, repetida em tantas histórias:
só valorizamos quando perdemos.

É fato, registrado no cotidiano como manchete que não queremos ler.
E no meio dessa notícia viva estava Marquinhos,
que todos os dias, bem cedo, antes mesmo do sol abrir os olhos,
enviava seu Evangelho, simples, constante, fiel.

Era o seu “bom dia" —
um gesto pequeno, mas carregado de cuidado.
Chegava discreto, como chega uma brisa,
e por isso mesmo, tantas vezes,
nós líamos apressados… ou simplesmente ignorávamos.

Mas ele estava lá,
todos os dias,
como se anunciasse na primeira página do amanhecer:
“Deus está contigo.”

Hoje, sua ausência virou notícia forte,
daquelas que apertam o peito
e nos fazem reler o que não demos atenção.

Percebemos a falta que aquele Evangelho faz,
a falta que aquele "bom dia" trazia de paz,
a falta que só existe
porque antes havia presença.

E agora entendemos — tarde demais —
que mensagens simples também são abraços.
Que constância também é amor.
Que cuidado diário também é fé compartilhada.

Este poema é uma cobertura da alma,
um registro de saudade,
um chamado à reflexão:

Que possamos valorizar enquanto é tempo.
Que possamos agradecer enquanto ainda chega a mensagem.
Que possamos reconhecer o bem…
antes que vire silêncio.

Porque Marquinhos não mandava só palavras:
ele enviava luz.
E é essa luz que hoje faz falta
nas nossas manhãs. 🌤️

CARLOS SILVA